terça-feira, 11 de outubro de 2011

Resenhas-Anonymous Hate:Chaotic World

Depois do aclamado EP “WorldDead” a banda vem com tudo em seu aguardado ‘debut’, debulhando ao longo de 10 faixas o melhor do Death/Grind nacional.
A banda é oriunda de Macapá, no estado do Amapá e vem para quebrar as fronteiras regionais que se ergueram ao longo dos anos, no eixo São Paulo – Rio de Janeiro.
Formada por Victor Figueredo (vocal), Fabrício Góes (guitarra), Heliton Coelho (guitarra), Alberto Martinez (bateria) e Romeu Tetrus (baixo). 



A banda enfrentou muitas dificuldades, mas apesar delas o Anonymous Hate conseguiu um excelente trabalho com “Chaotic World”, digno dos ‘medalhões’ nacionais e que não deve nada a bandas ‘gringas’.
O som, como já citado no começo do review, é uma fusão de um Death Metal mais técnico e o Grind Core. Unindo a técnica de um com a violência do outro, e um ‘feeling’ fantástico, temos um som complexo e bem interessante.
O bumbo duplo rola solto nas musicas com extrema velocidade e violência, as guitarras possuem riffs pesados, ora mais cadenciados, ora mais rápidos e bem encaixados com alguns solos que aparecem durante as musicas.
A dupla de guitarras está bem afiada, e em sincronia perfeita com a ‘cozinha’ destruidora da banda.
Dito isso, destacar uma ou outra faixa é um tanto difícil. São 10 músicas de furar os tímpanos, e de qualidade primorosa. Mas tudo bem, com certa insegurança arrisco dizer que “Worldead”, que também está presente no trabalho anterior, é a melhor do álbum por mostrar os vários lados da banda – todos eles dentro da agressividade pura, deve-se lembrar. E a velocidade dos bumbos de Martinez beiram o inacreditável lá pro final desse som.Ok, “Suffering”,"Brazil Massacreland" e "Tears of Blood" também são espetaculares e devastadoras. Riffs e bateria extremamente acelerados são os elementos mais marcantes das músicas.Interessante falar das letras questionadoras sobre satanismo, reforma agrária, tragédias e claro, problemas sociais da humanidade, mas que passam suas mensagens de forma inteligente.A arte do encarte, embora bastante simples, é bem acabadinha, com cores e fotos que dão vida ao material. A capa também é bastante básica, mas claro, ilustra de forma bastante evidente o que a banda tem a oferecer.

Bom, a Anonymous Hate já é sinônimo de qualidade no cenário underground brasileiro. “Chaotic World” veio para colocá-los de vez no pódio das mais competentes bandas Grind/Death nacionais,além de tudo, serve para muitos preconceituosos, dobrarem a língua antes de falar do  Metal Norte/Nordeste do Brasil. É o reconhecimento mais do que merecido de uma banda que batalha e sabe o valor do esforço.


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