Uma característica do Sepultura, desde o início dos tempos, foi sempre variar a “pegada” de um disco para outro, apresentado novas idéias, ritmos e elementos. Desse modo, podemos dizer que, musicalmente, “Kairos” é simples, direto e cru. Os riffs de guitarra assumem a dianteira, apostando a maior parte do tempo em levadas mais cadenciadas e com groove - e é bom lembrar que solos não foram esquecidos.
Já o resto da banda soa coesa, uniforme e “joga a favor do time”, sem destaques individuais. A primeira parte do repertório é familiar para quem nunca deixou de acompanhar a banda e a única coisa que pode causar certa estranheza é o cover para a industrial “Just One Fix”, do Ministry, ainda mais porque faixas desse tipo costumam vir como bônus e não como a quinta música do disco.
A segunda parte, contudo, é mais animadora para os órfãos dos Cavalera. “Mask”, “Born To Strong”, “Seethe” e “No Will Stand” são avassaladoras, daquelas com potencial para levantar Donington novamente, como em 1994, mas sem parecerem cópias ou caricaturas. Se os antigos fãs não se renderem a elas, podemos ter certeza de que não se trata da música, mas de pura implicância.Com esse novo álbum,o Sepultura se colocou de novo no seu devido lugar.
Faixas:
01. Spectrum
02. Kairos
03. Relentless
04. 2011
05. Just One Fix (Ministry Cover)
06. Dialog
07. Mask
08. 1433
09. Seethe
10. Born Strong
11. Embrace The Storm
12. 5772
13. No One Will Stand
14. Structure Violence (Azzes)
15. 4648
Faixas bônus
16. Firestarter (The Prodigy)
17. Point of No Return
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